Comunicação Televisiva-Estudar Televisão

domingo, setembro 21, 2008

Aula de dia 22 de Setembro de 2008

Avisam-se os Alunos de Comunicação Televisiva que devido a ter de me ausentar para fora do país não darei a aula de amanhã dia 22 de Setembro às 08.30h da manhã.
A aula de substituição será acordada com os alunos na outra segunda-feira dia 29.

sábado, junho 14, 2008

Programação televisiva.Alguns conceitos essenciais de Audimetria

Universo-Conjunto de indivíduos ou de lares claramente definido e passível de ser estudado nos seus comportamentos. Corresponde a 3 045 000 lares em Portugal continental.ZappingMigração de um número (ou percentagem) de espectadores de um canal para outro, por efeito de repulsa, de atracção ou de simples curiosidade.


Alvo- Subconjunto de elementos de um dado universo cujo comportamento se pretende estudar, ou que se quer contactar/fidelizar. É definido geralmente por características socio-demográficas, psico-gráficas, de posse de bens, comportamentos, atitudes socio-culturais, etc.


Amostra- Subconjunto do universo que se considera ter características e comportamentos muito semelhantes aos do universo. A amostra, sendo representativa do universo, permite a inferência estatística: conhecendo o comportamento da amostra, é possível inferir o comportamento do universo. A composição percentual da amostra por sexos, escalões etários, classes sociais, regiões de residência, profissão ou ocupação, nível de instrução, estilos de vida e atitudes socioculturais deve ser idêntica ou muito próxima da composição do universo segundo as mesmas variáveis (condição de representatividade da amostra).


Amostra útil -É o número de indivíduos inquiridos pelos audímetros cujas respostas são consideradas válidas. A dimensão da amostra útil é quase sempre inferior à amostra total ou teórica, variando de dia para dia em função, nomeadamente, de: · interrupções no fornecimento de energia eléctrica nos lares inquiridos; · dificuldades/perturbações nas comunicações telefónicas entre audímetros e o computador central da agência de audimetria; · avaria de audímetros; utilização incorrecta do audímetro por parte de alguma das pessoas do lar inquirido.


Audiência de televisão- Indivíduos que estão presentes na sala ou compartimento onde se encontra o televisor ligado (e que se supõe darem alguma atenção ao que vêem e ouvem no receptor de TV).


Audiência média (rating)- Taxa média de audiência por segundo. Para o seu cálculo, cada indivíduo é ponderado relativamente ao tempo de contacto com o programa ou suporte. Exprime-se em em percentagem do universo (ou do grupo-alvo em estudo), ou em milhares. Dá-nos a audiência provável que contacta com o canal/programa em qualquer momento do período horário (ou do programa) em estudo. Exprime-se em percentagem ou em milhares. Abreviatura: rat% ou rat#.


Audímetro- Nome genérico atribuído ao equipamento electrónico, na sua globalidade, que é instalado nos lares do Painel, para a medição das audiências. Todos os membros do agregado familiar declaram a sua presença no compartimento em que se encontra o televisor, através de um telecomando no qual cada botão está associado a um membro do lar. As visitas ao lar não são registadas, embora o sistema esteja tecnicamente preparado para fazer esse registo. Durante a madrugada, de modo automático através de modem, é feito o download da informação de cada lar para o centro de processamento da Marktest Audimetria. Os dados recebidos, casos sejam validados (ver amostra útil) recebem então as poderações necessárias à sua extrapolação para valores populacionais (representativos do universo). Em paralelo, a Marktest procede também ao visionamento das emissões de programação dos principais canais, o que permite obter valores de audiência, não só para períodos horários, mas também para programas e para spots (e blocos) publicitários.


Audimetria- Sistema de recolha electrónica de informação sobre o comportamento de um público face ao televisor, sem intervenção de entrevistadores (e sem entrevistas pessoais, telefonicamente ou face a face, portanto sem que os membros do agregado familiar observado se apercebam), através de um dispositivo acopulado ao receptor de TV, denominado audímetro (peoplemeter) que regista momento a momento a situação (on/off/canal sintonizado) do televisor.


Dia- O dia de audiências não coincide com o “dia legal” (nem com o dia solar). Tem início às 02H30 e fim à mesma hora do dia legal seguinte. Por conveniência do tratamento matemático dos dados, os tempos horários entre a meia-noite e as duas e meia da madrugada escrevem-se 24H00, 25H00, 26H00, 26H30 (fim do dia audimétrico).


Dona de casa- A pessoa responsável pelas compras dos bens não duradouros do lar, independentemente do sexo (atenção: há mesmo indivíduos do sexo masculino considerados e incluídos como “Donas de casa” nos relatórios e estudos de audimetria). Existe, apenas, um(a) dona de casa por lar.


GRP- Abreviatura de Gross Rating Points. Tradução: Pontos Percentuais Brutos de Contacto. Indicador usado na pré e pós-avaliação de campanhas publicitárias (ou de auto-promoção de programas) para medir a eficácia de um plano de inserções ou de um canal em contactar espectadores. Exprime-se em ratings e representa o número total de contactos conseguidos para cada 100 pessoas do universo (ou de um determinado alvo).


Grupo-alvo (target)- Subconjunto de indivíduos de um dado universo que se pretende contactar ou cujo comportamento se pretende estudar. É definido, não apenas por características sociodemográficas (sexo, idade, etc), mas também pela posse de certos bens, pelo rendimento familiar líquido. Em estudos mais específicos também pode ser definido pela revelação de certos estilos de vida, atitudes e afinidade com correntes socioculturais.


Horário nobre (prime time)- Período horário em que se verificam, não apenas os maiores índices de audiência, mas também a presença de todos os grupos-alvo no auditório potencial. Entre nós, convencionou-se ser o das 20H00 às 24H00.


Índice de fidelidade- Mede a fidelidade da audiência ao evento, ou seja, a relação entre a audiência média por segundo e a audiência total do evento, ou ainda, a proporção de tempo médio despendido pela audiência, na duração total do evento. É, por conseguinte, a percentagem (média) da duração total de exibição de um programa que foi efectivamente visionada por cada espectador. No limite, o índice de fidelidade pode atingir os 100%. Isto ocorre quando todos os indivíduos que contactam com um programa o visionam integralmente (na prática só acontece em programas de muito curta duração).Abreviatura: ats%.




Período horário (time slot)- Intervalo de tempo bem definido considerado relevante na análise de audiências ao longo do dia, ou com significado especial na grelha de programação, ou ainda dado o seu interesse em termos de venda de espaço para promoção comercial.


Rating- Expressão anglo-saxónica usada como sinónimo de “grau de desempenho” (ou do resultado alcançado), medido sob a forma de taxa percentual, número-índice ou coeficiente. Em audimetria, rating significa, pura e simplesmente, ... taxa de audiência. Convem especificar se se trata de audiência média ou total (acumulada) e se é referida a programa, a spot publicitário (ou de autopromoção), a período horário ou a um canal.


Reach – Audiência acumulada Percentagem ou número (milhares) de indivíduos que contactam com um determinado programa/suporte durante pelo menos um segundo, durante um dado período horário ou durante a exibição de um dado programa ou spot. Exprime-se em percentagem ou em milhares. Abreviatura: rch% ou rch#.


Share- Também pode ser designado quota de mercado ou quota de audiência. É calculada a partir do tempo total despendido a ver um determinado canal/suporte/programa relativamente ao tempo total despendido a ver televisão (no mesmo período horário). Indica, de entre os espectadores que viram televisão durante um dado período horário (ou durante a emissão de um programa), qual a fatia percentual que optou por sintonizar um dado canal. É o indicador que mede a implantação de um canal/programa no “mercado”, durante um dado período horário. Exprime-se em percentagem. Abreviatura: shr%.


Tempo médio de visionamento (por habitante)- Tempo médio, em minutos e segundos, que cada indivíduo do universo (independentemente de ser, ou não, considerado telespectador) despendeu a ver um canal/suporte/programa. Mede, por isso, o “consumo” por habitante de um dado evento ou de um dado período horário ou de um ou mais canais. O tempo médio de visionamento por habitante é, naturalmente, inferior ao tempo médio despendido por espectador (nem todos os habitantes no universo são espectadores num dado dia ou período horário). Designação habitual em inglês: average time of viewing. Abreviatura: tmv ou atv#.


Universo- Conjunto de indivíduos ou de lares claramente definido e passível de ser estudado nos seus comportamentos. Corresponde a 3 045 000 lares em Portugal continental. Zapping Migração de um número (ou percentagem) de espectadores de um canal para outro, por efeito de repulsa, de atracção ou de simples curiosidade.


Técnicas de Programação

•Estratégia Conservadora- Não toques naquilo que corre bem

•Estratégia dinâmica- Elevado nível de risco

•Insatisfação permanente do programador

  • Factores externos que condicionam o trabalho do programador:

-Programadores rivais -as audiências somam 100

-O público não é um colectivo homogéneo nem estético

-Programadores nunca têm o controlo total sobre a grelha (ex: break do rival/acções inesperadas)

Tipologias de Programação

•Confronto Directo- ex: Praça da Alegria/Fátima Lopes,etc

.Coexistência Complementar-prog port/progr.estrangeira/desporto

•Programação de alternativa-manhã na 2-Infantil/notícias na 1 e nos outros canais

•Colocação de Alicerces (ex: noticiários;talk-shows diários,etc)

•Transferência de públicos-fixar público e captar outros

•Escalonamento de idades

•A tira diária-programação em strip

•A tira de género-ex: 5 noites 5 filmes•A ponta de lança (ex: Escrava Isaura)

•Protecção Couraçada

•Suporte Central/golpes de efeito-programa forte com efeitos para diante e para trás

•Duplex-ex: Morangos com açúcar-dois episódios seguidos um dos quais é repetidoConjunturas de Concorrência

•Efeito pinça-dois produtos fortes em dois Canais Concorrentes- já está o público tomado

•Efeito laço- aproveitar o break para ver dois canais ao mesmo tempo

•Camas separadas- guerra dos sexos-futebol e telenovela

•Guerra Total-fecho do mês ou do ano

•Líder por acidente









Fonte:RTP

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Dimensões da reportagem televisiva

A reportagem televisiva

•.O Assunto-é o tema-é do que fala a reportagem-é o conhecido
•O Objecto-é o que se diz do tema,é a novidade,é o desconhecido



Conceber uma reportagem

•É à partida situar-se em relação ao acontecimento
•A via pela qual o acontecimento se revela.Tal como a natureza da fonte de informação, determinam o tratamento da informação
•A concepção da reportagem, é também o ângulo sob o qual o jornalista vê o tema,o trajecto que leva o espectador do tema ao objecto


O desafio da reportagem televisiva-ultrapassar o estádio da emoção primária e alertar para a existência e dimensões de um problema

•Dimensão empática-visa a ligação do espectador ao assunto
•Dimensão clarificadora-de esclarecimento,de contextualização do assunto

domingo, setembro 30, 2007

Cronkite e o assassinato do Presidente Kennedy-o poder da informação

Walter Cronkite foi sem dúvida o maior anchor-man-apresentador de noticiários televisivos nos Estados Unidos.O seu nome está ligado à CBS e à credibilidade que então aquela estação tinha.
O trabalho de Cronkite aquando do assassinato do Presidente Kennedy em 63 e depois durante a guerra do Vietname ajudaram a firmar uma nova era na História da televisão-a Era dos Jornalistas cuja importância e liderança se manteve por mais de uma década no mundo da televisão

A descoberta do poder político da Televisão-1960-O debate Kennedy/Nixon

domingo, setembro 23, 2007

Programa de Comunicação Televisiva

UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA

Faculdade de Ciências Humanas

Curso de Licenciatura em Ciências da Comunicação
Nível Curricular-3ºano
Comunicação Televisiva

Docentes: Dr.Lopes de Araújo
Dr.Pedro Bruno (aulas práticas)
Ano lectivo de 2008/2009
Semestre de Inverno/Verão
3 horas semanais

PROGRAMA


1.A civilização do Audiovisual.O sucesso da televisão-fenómeno de identificação e representação. A perspectiva social e técnica da televisão.
2.Abordagem histórica da evolução da televisão.
3.Complexidade e especificidade da empresa de televisão-sua estrutura
4.O produto da televisão-o programa.Programação e contra-programação.
Noções de Audimetria.
5.Informação-Estrutura, meios e tempos.
6.Produção-pré-produção,rodagem e pós-produção.
7.Processo Geral de Realização televisiva.
8.Formas de narração televisiva-o discurso do real e da ficção
O universo da ficção.Sitcom;tele-filme;seriado e telenovela.
A episodicidade e a narrativa em série.
9.O Universo da informação.A reconversão do real.
10.A captação da imagem audiovisual.O plano televisivo-níveis de valoração e caracterização:enquadramento,perspectiva,luz e composição do plano.
11.A montagem.A montagem sintética e analítica.O insert e o assemble.
12.Escrever para televisão-a oralidade da escrita ou escrita conversacional.Princípios da construção do texto televisivo.
13.O directo.
14.A reportagem televisiva-sua construção. A recolha de imagens e de depoimentos, o vivo, o som directo e o som off.
15.A entrevista televisiva.A apresentação e a reconversão dimensional do estúdio.
16.A apresentação do jornal televisivo.Construção do jornal televisivo-a paginação.
17. Potencialidades e limites da Comunicação televisiva.
A interactividade e a televisão digital.


Bibliografia



Wolton Dominique-“Elogio do Grande Público”-ed.Quetzal
José Miguel Contreras e M.Palacio-”La Programación de Televisión”
Jespers,Jean Jacques-“Jornalismo Televisivo”-ed Minerva
Tubau,Ivan –“Periodismo oral”-ed. Paidos-Barcelona
Shook,Frederick-“Television-Field Production and reporting”- ed.Longman,USA
Griffiths,Richard-“Videojournalism”,Focal Press,London



METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO


A base da avaliação é um teste escrito feito quase no final do semestre que corresponde a 70% da nota final.
Sendo uma cadeira com uma componente prática, a avaliação será complementada com nota de um trabalho prático individual ou em grupo.
O trabalho prático poderá constar de um pequeno exercício em video,preparação de um guião,sinopse ou outro trabalho escrito ou oral.(corresponde a 30% da nota final)

sábado, maio 21, 2005

Escrever para televisão-alguns conselhos


Eliminar palavras grandes e substituí-las por mais pequenas. Ex: transformar vs mudar
Evitar palavras difíceis de pronunciar (deteriorar vs piorar)
Usar conjunções que funcionam oralmente (mas ,p. ex)
Evitar os pronomes relativos
Usar o verbo dizer -é um bom verbo
Evitar os adjectivos, advérbios e palavras homófonas
A um pensamento faça corresponder uma frase
Omita palavras desnecessárias
Use poucos nomes, poucos números, poucos factos, poucas palavras (interrogue-se: esta palavra é mesmo indispensável??)
A regra SVC- Sujeito, verbo, complemento

Escrever para Televisão-escrever para ser ouvido


Primeiro do que tudo leia e compreenda o texto fonte
Sublinhe e marque os factos chave
Não escreva ainda-pense
Não comece com há ou é-são frases mortas
Nunca comece com uma pergunta ou com uma citação
Não comece com um pronome pessoal
Nunca comece com ontem ou tal como se esperava
Vá directamente ao assunto
Comece com força
Use verbos de acção. Foco na acção e não na reacção
Humanize e localize os textos
Use com cuidado as contracções -são conversacionais mas de difícil percepção

O talk-show-exemplo de conversação conversada




1-Traços essenciais:
a)-Sinais de feed-back do receptor
b)-Sinais de contacto
c)-Sinais de alternância
d)-Sinais de Contextualização

2-Componentes rituais: Linguagem esterotipada - ex: saudações, despedidas,etc

3-Canal Complementar -gestualidade

4-Alocução-destinada ao público do estúdio - entre os protagonistas (esquecendo o público em casa)

A conversação televisiva



Conversação Textual -aquela que o texto estabelece entre o enunciador e o enunciatário
a)-enunciado -a conversa aquando da emissão
b)-enunciação -conversa simbólica, modelo de interacção da televisão e do público.
Conversação Conversada -as pessoas são convidadas a falar e a debater temas no plateau.

Recursos Formais da montagem:


A-A montagem em cut ou corte-sequência no presente

B-A montagem em mistura-Indica uma passagem no tempo (fade in e fade out)
A montagem significa hoje uma narrativa condensada,uma forma visual que junta sequências (em mistura,em cuts,em fade in e fade out) em rápida sucessão, de modo a ligar ideias
-A montagem em cut é característica da informação
-A montagem em mistura é mais comum no discurso ficcional

Recursos formais:
-Imagem/video:insert e assemble
efeitos em mistura (ex:cortinas,estrelas;);sépia;preto e branco;grafismo;texto,etc

-Som/Audio:som off;rm/som directo;vivo;música;som ambiente;efeitos de audio,etc

domingo, maio 15, 2005

Escrever para televisão



"Roteiros de vídeo têm um estilo próprio. O broadcast style (estilo televisivo) se caracteriza por frases curtas, concisas e diretas.
A voz ativa é preferida à voz passiva; substantivos e verbos são preferidos aos adjetivos; e as palavras específicas são preferidas às palavras gerais. Na televisão, devemos evitar as orações dependentes, no início das sentenças.
E eliminar as palavras desnecessárias. Por exemplo, ao invés de, "neste momento " prefira "agora". Ao invés de "curta distância ", use "perto".
Também utilizamos pontuação extra, especialmente vírgulas, para ajudar na leitura dos textos de narração. As vírgulas sinalizam as pausas, (como já foi dito, um procedimento nem sempre aprovado pelo seu professor de Línguas). Apenas lembre-se o que, e para quem, você está escrevendo quando se sentar no seu computador.
As atribuições - ao contrário do jornal impresso - devem vir no começo da frase, ("Segundo o Ministro da Saúde..."). Na televisão, queremos saber logo de cara "quem foi que disse".
Comparando as Mídias Eletrônica e Impressa podemos notar diferenças entre os estilos de linguagem... que tipicamente ocorrem. Mas, num esforço de comunicar informações mais rápida e claramente, alguns jornais americanos, tais como USA Today, estão adotando um estilo mais próximo ao do broadcast style.
Uma das melhores referências sobre simplicidade e clareza de escrever é um pequeno livro de 70 páginas escrito por Struck and White, em 1959, chamado "Elements of Style". As primeiras 27 páginas são especialmente relevantes a este assunto.
Correlacione Áudio e Vídeo
Os telespectadores estão acostumados a ver na tela da TV, imagens relacionadas com o que estão ouvindo - geralmente, sob a forma de diálogo ou narração. Por isso, para não confundir a audiência, correlacione (relacione) som e imagem.
Isto não quer dizer que você deva ser literal. Evite o tipo de comentário "David corre", que diz o óbvio. Se você pode ver claramente o que está acontecendo na tela, isto irá aborrecer o seu público. Em novelas de Rádio, muitas falas desse tipo são incluídas no diálogo, para informar aos ouvintes sobre o que eles não podem ver. Mas, este não é exatamente o caso da TV.
Idealmente, o diálogo ou narração deve complementar o que está sendo visto.
Sobrecarga de Informação
Com mais que 100 canais de TV e milhões de web pages disponíveis na Internet - para citar apenas dois veículos de comunicação - um dos maiores problemas, hoje em dia, é a sobrecarga de informação.
Em produção de TV, a meta não é simplesmente descarregar mais informação nos espectadores. Para ter sucesso, devemos atrair a audiência e comunicar claramente as informações selecionadas, de forma interessante e esclarecedora.
A capacidade do ser humano de absorver informação é limitada. Além disso, lembre-se que o espectador típico tem uma série de distrações externas e internas, preconceitos, etc., que são obstáculos ao processo de comunicação. Se o roteiro tem um conteúdo muito denso, com muitos fatos ou se a informação não for apresentada de maneira clara, o espectador ficará confuso, perdido e frustrado - e simplesmente mudará de canal.
Confuso x Chato
Além da quantidade de informação que queremos comunicar, devemos também considerar a velocidade da apresentação. Temos de dar ao espectador a oportunidade de absorver cada idéia, antes de passar para o próximo ponto. Se você vai depressa demais, o público fica perdido; se vai muito devagar, acaba aborrecendo a audiência.
Em vídeos de treinamento, a melhor tática para a apresentação de informações importantes é : primeiro, sinalizar ao espectador que alguma coisa importante irá acontecer. Depois, apresentar a informação, da maneira mais simples e mais clara possível. E, finalmente, reforçar o ponto através da repetição ou com uma ou duas ilustrações.
Em resumo, aqui estão sete regras gerais para escrever para televisão. Algumas delas se aplicam à produção de programas educacionais, outras a produções dramáticas, e outras a ambos os tipos.
Assuma um tom coloquial. Use sentenças curtas e um estilo de abordagem informal.
Envolva a sua audiência emocionalmente; faça com que ela se interesse sobre as pessoas e conteúdo do programa.
Forneça uma estrutura lógica adequada; deixe o espectador saber onde você está querendo chegar, que pontos são conceitos chaves, e quando você vai mudar o assunto.
Após apresentar um ponto importante, faça uma exposição detalhada e ilustrada sobre o assunto.
Não tente incluir muitos assuntos no programa.
Dê à sua audiência uma oportunidade de digerir um conceito antes passar para outro.
Programe a sua apresentação de acordo com a capacidade que o seu público-alvo tem de absorver os conceitos que serão abordados
"

http://www.sitedoescritor.com.br

terça-feira, maio 10, 2005

Em resumo ...


1.editar pode aumentar o centro de interesse ou, deslocar a atenção para um outro aspecto do assunto ou da cena;
2.editar pode enfatizar ou esconder informação;
3.a edição é selectiva. A ordem e duração dos planos pode afectar as interpretações e reacções da audiência;
4.editar pode, ao proporcionar uma rápida mudança de espaço e tempo, dar á audiência uma sensação de liberdade, uma vez que é possível justapor acontecimentos que ocorreram em tempos e locais completamente diferentes;
5.editar pode criar inter-relações que podem ter, ou não ter existido;
6.a edição pode mudar completamente, e num instante, o significado de uma acção, para criar tensão, humor, terror, etc.


CLIP-inst Inovação Educacional

Natureza da edição


•A natureza da edição:
•Em termos puramente mecânicos, editar está relacionado com:
•O momento escolhido para a mudança de um plano para outro (ponto de edição).
•Como fazer essa mudança (corte, mix, etc.) e a velocidade desta transição.
•A ordem dos planos (sequência), e a sua duração (ritmo de montagem).
•Preservar uma boa qualidade e continuidade de imagem e som, combinando acções que foram regis­tadas em horas e locais diversos e efectuados, possivelmente só por uma câmara.

domingo, maio 08, 2005


O Ponto de vista-plano a plano


Sequências de diálogo-veja-se a colocação da câmera ,o plano amorçée e o plano de conjunto mais aberto


O muito grande plano e o plano de detalhe ou close-up reforçam essa ideia de transmissão de estados de alma muito comum no discurso ficcional


Do Plano médio ao Grande plano apertado-Os planos mais fechados são mais usados na ficção-eles pretendem transmitir emoções,sentimentos


Planos mais abertos-Do plano muito geral ao Plano Americano

Recursos Formais da Montagem

Recursos Formais da montagem:

A-A montagem em cut ou corte-sequência no presente
B-A montagem em mistura-Indica uma passagem no tempo (fade in e fade out)
A montagem significa hoje uma narrativa condensada,uma forma visual que junta sequências (em mistura,em cuts,em fade in e fade out) em rápida sucessão, de modo a ligar ideias
-A montagem em cut é característica da informação
-A montagem em mistura é mais comum no discurso ficcional
Recursos formais:
-Imagem/video:insert e assemble
efeitos em mistura (ex:cortinas,estrelas;);sépia;preto e branco;grafismo;texto,etc

-Som/Audio:som off;rm/som directo;vivo;música;som ambiente;efeitos de audio,etc

terça-feira, abril 26, 2005

Câmeras no Estádio



Colocação de câmeras num jogo de futebol importante num grande estádio-transmissões do tipo do Mundial ou Competições Europeias-17/18 cameras.
Atenção à colocação práticamente de todas as câmeras, do mesmo lado para a realização não passar a linha.

segunda-feira, abril 25, 2005

Pós-Produção-A Montagem


A Montagem

A montagem tem por objecto estabelecer a continuidade cortada por hiatos de camara - imagem e audio - durante a rodagem.


A montagem omite, por conseguinte, uma série de fragmentos da realidade, sintetizando o tempo e o espaço real do acontecimento para recriar um novo tempo e espaço ideiais: o tempo e o espaço televisivos que são consequência da selecção que o jornalista ou realizador efectua em função do seu próprio juízo.

A montagem não é uma operação meramente técnica. Recorre à organização dos planos gravados ou filmados segundo determinadas condições de ordem, tempo e espaço, tendente a contar uma história com sentido. É uma criação artistica. É um veículo da narrativa.

A montagem está condicionada por critérios de valoração informativa, de conteúdo, de natureza estética e outros (como sejam os de urgência de produção)

A montagem pode ser:
- Analitica e
- Sintética

Montagem analitica - consequência de uma rodagem baseada na fragmentação multipla da realidade. É mais própria de um trabalho de autor sobre a própria história.

Montagem sintética - é uma concepção de estrutura narrativa baseado no plano - sequência. Registo de uma acção sem hiatos e com um máximo de objectividade devolvendo ao espectador a liberdade de leitura das imagens.

O Olhar do cameraman e o olhar do realizador

Este texto foi escrito como matéria de discussão para um curso sobre Fotografia do Documentário, dado por Adrian Cooper na escola Dragão do Mar em 1997-Brasil

Panorâmicas e travellings óbvios não correspondem aos movimentos naturais do olho. É como separar o olho do resto do corpo. Não se deve usar a camera como uma vassoura! (Bresson)
A advertência de Bresson é muito útil porque nos faz pensar sobre a maneira como o operador de camera compõe seus planos, os movimentos que faz com a camera, a utilização do zoom e a escolha dos ângulos. Também levanta a questão da presença da camera. Quando vemos um filme caseiro, feito por um amador, em geral notamos o uso excessivo do zoom, a falta de estabilidade da camera, os saltos e as panorâmicas rápidas demais entre um plano e outro, que não dão tempo para que o espectador perceba o que está vendo. Essas falhas são bastante comuns.
O tempo de uma cena na tela é diferente do tempo (subjetivo) da pessoa que está filmando a cena. O olho e o cérebro de quem filma absorvem a informação da cena muito mais rapidamente do que a platéia, podendo resultar em planos curtíssimos, movimentos vertiginosos, frustração e inclusive náusea quando o filme é mostrado. A platéia precisa de tempo para reconhecer os imagens, absorver a informação e refletir sobre ela. A enxurrada de imagens e a montagem rápida característica dos videoclipes tem mais a ver com a estimulação do nervo óptico e a excitação de certos áreas do cérebro do que com a compreensão e a reflexão que o filme documentário busca promover. Não use a camera como uma vassoura, diz Bresson, referindo-se às panorâmicas que varrem a cena, não permitindo que se veja os detalhes. E poderíamos acrescentar, não use o zoom como um trombone, aproximando-se e afastando-se da cena depressa demais, mudando constantemente a relação com o sujeito. O operador de camera precisa estar sempre atento ao 'tempo de tela', esteja ele usando um tripé, um dolly ou com a camera na mão. Isto é especialmente importante quando estamos tentando filmar de modo a não chamar a atenção para a presença da camera.
'Presença da camera' quer dizer 'presença do realizador'. Essa questão da invisibilidade da camera (realizador) tem sido um ponto de discussão e polêmica desde os primeiros tempos do documentário. Num certo sentido, estamos sempre conscientes da presença da camera, mas, dependendo da 'maneira' como filmamos, pedimos à platéia que esqueça isso. Embora seja mais comum que o realizador permaneça invisível, alguns realizadores preferem acentuar a presença da camera e da equipe.
Os movimentos de camera são extremamente subjetivos e pessoais. Certas coisas pedem determinados movimentos, outras não. Não existe um jeito 'certo', embora existam algumas regras (que sempre dá para quebrar) que podem nos ajudar a encontrar uma abordagem pessoal: - Cada movimento deve ter um motivo. Nunca movimente a camera sem razão. - Sempre movimente a camera com 'intenção' (ela deve ir de um lugar especifico para outro) - Se possível, deixe que o movimento expresse uma qualidade inerente ao sujeito que está sendo filmado. - Movimentos 'revelam' (ou escondem, que é outra forma de revelar). Perceba o que está sendo revelado. - Movimentos podem juntar ou separar coisas. Perceba o quê e como! - Movimentos nos aproximam ou nos distanciam do sujeito. Esteja consciente do que você pretende e porquê. - Dê ao movimento o ritmo da seqüência ou o tempo do sujeito. - Acima de tudo, os movimentos de camera 'envolvem' o espectador na cena. Esteja consciente do 'tipo' de envolvimento que você deseja.
Os movimentos de camera são uma coisa. Os movimentos do operador e o reposicionamento da camera são outra coisa muito diferente. 0 fotógrafo muda de posição para criar novas sequências, novos pontos de vista. A maneira como ele faz isso, as escolhas que ele faz, irão determinar o 'fluir', a construção e a 'cara' da seqüência editada. Decidir quando mudar de posição também é uma decisão importante, especialmente se isso significa interromper a ação. Multas vezes, especialmente quando filmando com a camera na mão, o fotógrafo tem uma tendência natural para filmar a ação em uma única tomada. Isso funciona quando se repete a ação várias vezes, a partir de diferentes ângulos, como num filme de ficção. Num documentário, porém, isso raramente é possível, a não ser que se use duas cameras. Uma única tomada longa invariavelmente significa que o editor não terá escolha de como editar a seqüência ... ele é obrigado a usar aquele plano. Ele pode usar só partes do plano, mas terá dificuldades, pois todas elas têm o mesmo ângulo e o mesmo enquadramento. Uma maneira de resolver o problema é filmar planos de cobertura; planos de outras pessoas que estão presentes ou de ações que estariam acontecendo simultaneamente mas são filmados mais tarde, etc. 0 fotógrafo também pode movimentar a camera durante o plano, fornecendo assim, vários pontos de vista alternativos (mas precisa ter cuidado para se movimentar apenas durante os momentos que não são essenciais).
Ele precisa compor mentalmente, enquanto trabalha, uma possível seqüência montada e lutar para encontrar os planos necessários. Precisa saber o momento de cortar, quando mudar seu ângulo de visão, quando chegar mais perto e quando recuar. Precisa pensar como seus planos irão se juntar e lembrar o que já filmou e o que ainda precisa ser filmado.
O operador de documentário é o outro olho do diretor, mas também precisa ter a alma de um editor.

O Zoom



O zoom não é um movimento natural,ele não corresponde a nenhum movimento que os nossos olhos ou a nossa cabeça possam fazer.
Sendo um movimento artificial, ele deve ser usado com parcimónia,com moderação.
O zoom in-aproximação corresponde à concentração;o zoom out- para trás corresponde à descontracção ou à necessidade de posteriormente à acção situá-la na sua vizinhança,no seu enquadramento natural.

A Perspectiva


A perspectiva é uma característica do plano televisivo que lhe permite acrescentar uma diferente informação, em resultado da colocação da camara face aos elementos constitutivos desse plano.Permite muitas vezes, ensaiar uma noção de profundidade ou seja a terceira dimensão que a televisão não consegue dar...


Planos-Grandeza dos planos no enquadramento-classificação mais comum

Exteriores-unidade móvel


Unidade móvel ou carro de exteriores dotado com quatro ou mais camaras (canais de camara-ccu),misturador de video e audio e facilidades de videotape-registo de video.O carro pode transmitir em directo utilizando FH-teixe hertziano que envia o sinal até aos estúdios podendo utilizar pontos intermédios ou transmissão por satélite-sng através de uma estação móvel que acompanha o carro Posted by Hello

domingo, abril 24, 2005


Cada camara corresponde ao acompanhamento de um ou mais intervenientes-a camara central poderá ficar fixa para o moderador-entrevistador e planos de conjunto;as outras duas cãmaras para cada área de acção Posted by Hello

Colocação de camaras


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terça-feira, abril 19, 2005

Evolução histórica da televisão

A televisão dos engenheiros
A televisão dos Realizadores
A televisão dos Jornalistas
A televisão do Marketing

A televisão do Marketing

A televisão do Marketing resultou da extensão da economia de mercado ao Audiovisual: o programa entendido como produto e o espectador como consumidor. Abandono da vocação pedagógica da televisão.
Pressupostos da televisão do Marketing -a televisão generalista- objectivo a audiência-e a maior e mais diversificada audiência.


Fragmentação da televisão


1ªEtapa-Diversificação dos programas num quadro tradicional de televisão de massas. A diversificação tem em conta a diversidade de públicos.
2ªEtapa-Fragmentação da televisão -Os suportes multiplicam-se (cabo, satélites,etc) e em consequência aparecem programas para esses suportes.
3ª Etapa- Interactividade que permite a televisão “à la carte”-intervenção do espectador no programa- da televisão à telemática.

O Processo Narrativo Audiovisual


O Processo Criativo:


1.A ideia - propriamente dita
.formulação teórica do pensamento simples
.Origem da história e estabelecimento da unidade do seu conteúdo
2.A “story-line”
.Descrição da ideia em poucas linhas-duas a três linhas
3.A sinopsis
.Ponto de partida para o projecto
.Resumo da ideia geral do projecto de forma a permitir a compreensão da história

Processo de Realização Televisiva

Processo Geral de Realização Televisiva

-O realizador deverá ser capaz de abordar os vários géneros televisivos -as técnicas base são as mesmas nas duas principais formas narrativas :na informação e na ficção
-A diferença mais evidente nas duas formas é a que resulta do trabalho com actores.Existência de ensaios e direcção de actores.
-No entanto a encenação tem hoje tanta importância que tem lugar mesmo nos programas informativos,
-O critério do interesse visual tem vindo a impor-se a toda a produção televisiva incluindo a informativa.

Fases do Processo Geral de Realização Televisiva

1º-Documentação e desenvolvimento do tema
2º-Elaboração do Guião Informativo
3º-Estudo do Guião para sua planificação
4º-Contactos e localizações -visitas técnicas
5º-Definição formal da encenação ou do género informativo em função do conteúdo
6º-Cenografia ou escolha do décor natural
7º-Planificação e plano de rodagem ou gravação
8º-Escolha de personagens (na ficção-casting de actores;
na informação escolha de convidados ou entrevistados)
9º-Rodagem,gravação ou emissão em directo
10-Pós-produção-montagem e efeitos

segunda-feira, abril 11, 2005

Como fazer Televisão?
Recomenda-se para estudo complementar do Processo de Produção e Realização televisiva a consulta ao seguinte site:
http://www.cybercollege.com/port/tvp_ind.htm

Curso de Produção de Televisão
Produção de Televisão

Um Tutorial sobre Produção em Estúdio e em Campo

de Ron Whittaker, Ph.D.

segunda-feira, abril 04, 2005


Uma boa sugestão complementar de leitura para quem quer conhecer melhor o processo de produção televisiva-"Como hacer televisión" de Carlo Solarino-Edição Cátedra,Colecção Signo e imagens,Madrid Posted by Hello